Limão Matutino

Quarta safra

7.11.06

Bonequinha de luxo


O Diabo Veste Prada, de David Frankel

Que esse mundo das roupas muito caras, das modelos finas feito palito e dos egos inflados seja irremediavelmente raso, okey. Se nem mesmo Robert Altman e sua profusão de personagens conseguiu ser relevante, que dirá David Frankel, que veio de Sex and the City. E se, apesar da bela grife, O Diabo Veste Prada não foge das tantas historinhas de cinderelas e lindas mulheres, tem o que faz a grande diferença: elenco simpático e afiado.

Claro que qualquer coisa que estampe o nome de Anne Hathaway, até o momento, vale a pena. A moça tem carisma pra sustentar qualquer bobagem, e é quase uma honra tê-la enfeitando a tela (beleza, aqui, no naipe de Penélope Cruz, sem o clichê latino). E além disso, com talento pra duelar com Meryl Streep, sempre grande, mas fazendo diferente pela primeira vez desde Adaptação. Tem também Emily Blunt, de Meu Amor de Verão, que parece ter muito futuro.

De resto? É adaptado de best-seller baseado em experiências reais, tem soluções fáceis, Madonna na trilha-sonora, muito merchandising e um patinho feio que se recusa a ser um cisne pau-mandado. É mais do mesmo, mas pode parecer diferente – dependendo, creio, do humor de cada um. Eu achei um barato, ri demais e me dei por satisfeito. Será que os fúteis são mais felizes? Já pensei nisso...

2 Comments:

At 12:08 AM, Anonymous Anônimo said...

Eu adoro, digam o que disserem. Achei levre, bem feito, adoro a Hathaway e não é sempre que a Maryl Streep está tão inspirada, né?

 
At 3:28 PM, Blogger Antonio Santos said...

Não é sempre que a Meryl tá tão contida. :o)

 

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